Dissoderma paradoxum

Dissoderma paradoxum (A.H. Sm. & Singer) Singer, Beih. Sydowia 7: 69. 1973. [pdf]

MycoBank  MB313311

AUTORES: Martínez-Gil R., Ballester L., Ezquerro A. & Marques G.

 

Cystoderma paradoxum A.H. Sm. & Singer, Mycologia 40(4): 454. 1948. [basónimo][pdf]

≡ Squamanita paradoxa (A.H. Sm. & Singer) Bas, Persoonia 3: 348. 1965. [pdf]

= Squamanita umbilicata Harmaja, Karstenia 27(2): 73. 1988. [pdf]

= Dissoderma umbilicatum (Harmaja) Bon, Doc. Mycol. 29(115): 34. 1999. [pdf]

= Squamanita basii Harmaja, Karstenia 27(2): 73. 1988. [pdf]

= Dissoderma basii (Harmaja) Bon, Doc. Mycol. 29(115): 34. 1999. [pdf]

 

Classificação Taxonómica

phy Basidiomycota

sbp Agaricomycotina

cls Agaricomycetes

sbc Agaricomycetidae

ord Agaricales

fam Squamanitaceae

gen Dissoderma

sp Dissoderma paradoxum

Descrição

Chapéu inicialmente convexo, depois aplanado ou mesmo côncavo, até 3 cm de diâmetro, com um ligeiro e amplo umbigo central. Superfície oleosa, radialmente fibrosa, de cor pardo-violácea no centro, esbranquiçada nas bordas e às vezes com vestígios do véu universal em forma de escamas de cor amarelo-alaranjado. cilíndrico e um pouco alargado na parte central, até 7 × 1 cm, formado por duas partes bem diferenciadas: a parte superior, de aproximadamente um terço do comprimento total, esbranquiçada e, como a superfície, com fibrilhas pardas-violáceas; a parte inferior, de aspeto e cor semelhantes aos de Cystoderma amianthinum (Scop.) Fayod, granulosa ou escamosa e amarelo-alaranjada. Lâminas adnadas, espessas, esbranquiçadas, com as faces laminares rugosas e com a margem bastante irregular. Carne violácea no terço superior e pardo-alaranjada no restante. Odor e sabor não registados.

Esporos elipsóides, de 8-10,2 × 4,6-5,6 µm, Q = 1,6-1,9, n = 85, hialinos, lisos, com 1-2(3) grandes gotas no interior, rodeadas por outras muito mais pequenas. Basídios claviformes, tetraspóricos. Trama laminar composta por elementos com formas diferentes, desde quase esféricos a cilíndricos, elipsoidais, fusiformes e frequentemente estreitados na zona central. Trama da carne formada por cadeias de hifas cilíndricas ou amplamente cilíndricas, algumas estreitadas como na trama laminar. Cutícula do chapéu tipo cutis, composta por hifas cilíndricas dispostas paralelamente, com 6-12 µm de espessura, com abundante conteúdo vacuolar no seu interior e pigmento incrustante de cor pardo. Véu universal composto por cadeias de células poliédricas, globosas, piriformes, de 20-45 µm de diâmetro, hialinas e com conteúdo externo amarelo-alaranjado. Clamidósporos geralmente globosos, por vezes fusiformes, curvos e até com secção triangular, de 10-12,2 × 10,3-12,8 µm as globosas e de 8,3-10,2 × 11,7-18,3 µm as fusiformes e mais irregulares, lisas, amareladas, com parede espessa (1,3-2,2 µm) e muitas pequenas gotas no seu interior, formadas nas extremidades das hifas hialinas na parte inferior do pé (na zona amarelo-alaranjada). Clamidósporos presentes por todo o corpo frutífero.

Material Estudado

La Rioja, Hornos de Moncalvillo, 42.385663, -2.578711, 730 m, grupo de 5 exemplares a crescer no solo, numa zona musgosa, no interior de uma floresta mista de Quercus ilex subsp. ballota e Pinus pinaster nas proximidades de vários exemplares de Cystoderma amianthinum. 08-XII-2021, leg. L. Ballester & R. Martínez-Gil, LB21120805 duplo RM-2716. Ibídem, 42.389309, -2.576655, 728 m, grupo de 6 exemplares, 11-XII-2021, leg. A. Ezquerro, AEA0523.

Referências da Espécie na Região
    • Arauzo S. (2008). Squamanita paradoxa recolectada en el Pais Vasco. Errotari 5: 21-25. [Esp: Vi][pdf]
    • Marcos J. (2017). Adiciones al catálogo micológico de la provincia de Salamanca. Micobotánica-Jaén XII(3): 208-236. [pdf]
    • Pérez de Gregorio M.À., Carbó J. & Roqué C. (2009). Algunos hongos interesantes de Girona. Fungi non delineati 44: 86-94. [Esp: Ge]
    • Román A. (2015). Squamanita paradoxa (A.H. Sm. & Singer) Bas. Asturnatura.com. [Esp: Le][pdf]
    • Torrent À. & Pérez de Gregorio M.À (1996). Squamanita paradoxa. Bolets de Catalunya 15: Lám. 747. [Esp: Ge]
Espécimes em Coleções Científicas
  • Material sequenciado

AEA: Herbarium privado de Antonio Ezquerro Antoñana; ARV: Herbarium privado de Alberto Román Vargas; ATI: Herbarium privado de Ángel Torrent Iglesias; ERD: Herbarium privado de Enrique Rubio Domínguez; ERR: Herbarium da Associação Micológica Errotari; JC: Herbarium privado de Joaquím Carbó; LB: Herbarium privado de Luis Ballester Gonzalvo; RM: Herbarium privado de Rubén Martínez-Gil.

Espécime de referência destacado em negrito

Espanha

Ge: ATI-110112002 e JC-20070911.5

Le: ARV-957 e ERD-6555

Lo: AEA0523*, LB21120805 e RM-2716

Sa: material não conservado

Vi: ERR-2006101905

 

Sequências em Bases de Dados Públicas e Obtidas de Material da Região

AEA0523: GENBANK (ITS): OR578705

 

Fig. 1. Dissoderma paradoxum. LB21120805 & RM-2716. Fruiting bodies in situ. Photo: R. Martínez-Gil.

Fig. 2. Dissoderma paradoxum. AEA0523. Basidiomas in situ junto con Cystoderma amianthinum. Foto: A. Ezquerro.

Fig. 3. Dissoderma paradoxum. A: Detalle de basidioma cortado. B: Detalle del pie. Fotos: R. Martínez-Gil.

Fig. 4. Dissoderma paradoxum. RM-2716. A: Esporas de esporada libre. B: Basidios. C: Trama laminar. D: Hifas de la carne. Barra de escala = 20 µm. Fotos: R. Martínez-Gil.

Fig. 5. Dissoderma paradoxum. RM-2716. A: Pileipellis. B: Velo general. C: Clamidospores. D: Hifas de la stipitipellis y desarrollo de clamidosporas. Barra de escala = 20 µm. Fotos: R. Martínez-Gil.

 

Como citar este registo:

Martínez-Gil R., Ballester L., Ezquerro A. & Marques G. 2023. Dissoderma paradoxum  A.H. Sm. & Singer. Fichas SIM 42 (Atualizado em 20-IX-2023). DOI: https://doi.org/10.51436/SIMsheets/2023/42
Disponível em: https://micologiaiberica.org/services/pt-pt/Dissoderma-paradoxum